Numa final da Supercopa muito disputada, o FC Barcelona venceu o Clássico de forma furiosa, derrotando o Real Madrid por 5:2. Nem mesmo o cartão vermelho para o guarda-redes Szczesny teve influência decisiva no final. Hansi Flick conquistou assim o seu primeiro título com os catalães
Um jogo de futebol como um espetáculo de fogo de artifício: o FC Barcelona deu uma demonstração de força no domingo à noite para conquistar o título da Supercopa, o seu primeiro título sob o comando de Hansi Flick e o seu segundo Clássico da época. O jogo não começou da melhor forma para os catalães.
Tal como na vitória nas meias-finais contra o Bilbau (2-0), Hansi Flick tirou Szczesny da reforma para jogar na baliza. Dani Olmo e Pau Victor sentaram-se no banco, depois da longa fila que rodeou a sua inscrição. O treinador do Real, Carlo Ancelotti, cuja equipa tinha batido o Mallorca por 3-0 na meia-final, também evitou surpresas no onze inicial. O técnico de 65 anos confiou em Camavinga no centro do meio-campo. Atrás dele, Tchouameni formou o centro da defesa com Rüdiger.
Mbappé marca – e precisa de tratamento no tornozelo
Em Jeddah, na Arábia Saudita, perante mais de 60 mil espectadores, o Barcelona começou melhor, mas Lamine Yamal (2) e Raphinha (5) foram travados por Courtois, que reagiu de forma soberba. A resposta do Real foi curta: Imediatamente após a oportunidade falhada por Raphinha, os brancos contra-atacaram em alta velocidade em frente à baliza. Mbappé não deu qualquer hipótese a Szczesny após uma assistência de Vinicius Junior – 1-0 para o Madrid (5′).
No entanto, Mbappé teve de receber tratamento pela primeira vez pouco depois e, alguns minutos mais tarde, o tornozelo esquerdo foi enfaixado, mas continuou a jogar. No entanto, uma cena curiosa durante o seu tratamento foi simbólica: os médicos do Real queriam realizar o tratamento no relvado, Raphinha agarrou então no saco da equipa médica e colocou-o à beira do relvado, onde Mbappé teve de sair um pouco mais tarde por instigação do árbitro Jesus Gil Manzano (17′).
Real desmorona antes do intervalo
O Barcelona tinha claramente os seus objectivos bem definidos e foi recompensado pelo seu grande esforço e uma clara vantagem em termos de oportunidades e posse de bola aos 22 minutos: Lewandowski fez passar a bola por Rüdiger para Lamine Yamal, que cortou para dentro, correu paralelamente à entrada da área e rematou rasteiro para o canto direito, sem hipóteses para Courtois, para fazer o 1-1.
Pouco mais de meia hora depois, o jogo mudou completamente de figura: Camavinga cometeu falta sobre Gavi na grande área, o que resultou num penalty após intervenção do VAR: Lewandowski marcou para fazer o 2-1 (36′) e, apenas três minutos depois, o poderoso Raphinha acrescentou mais um. O brasileiro cabeceou com força um cruzamento de Koundé para a baliza e fez o 3-1 (39′).
O Real já não estava presente no ataque, era apenas o Barcelona a jogar, que chegou mesmo a marcar o 4:1 antes do intervalo, já nos descontos: depois de um pontapé de canto jogado de forma arrepiante pelo Madrid, os Blaugrana bateram o Real com as suas próprias armas e contrariaram o adversário a grande velocidade: No final, Balde rematou a bola para a baliza a poucos metros de distância (45.+10).
Rácia no segundo tempo – vermelho para
Apesar de duas grandes oportunidades para os brancos (Bellingham, 90+1; Mbappé, 90+7), o resultado foi uma vitória clara e merecida para os blaugrana, que festejaram o seu primeiro título sob o comando de Flick – e, depois da vitória por 4-0 na Liga no final de outubro, a sua segunda vitória clara num jogo competitivo do Clássico.