Até que ponto a relação entre Adrian Newey e a sua ex-empregadora, a Red Bull, estava realmente fracturada? As novas declarações do homem de 66 anos sugerem, pelo menos, que ele não queria continuar a trabalhar para a Red Bull em circunstância alguma
Então, obviamente, cheguei à conclusão de que, se eu for honesto comigo mesmo, não estou em posição de [continuar trabalhando para a Red Bull]”, disse Newey. No ano passado, já havia rumores de que a sua saída tinha sido precedida por uma desavença com o chefe de equipa Christian Horner.
E Helmut Marko explicou mais tarde na ORF que a morte do fundador da Red Bull, Dietrich Mateschitz, e a subsequente reorganização do Grupo Red Bull poderiam ter sido uma razão “pela qual [Newey] decidiu procurar um novo desafio”.
Newey: Não devia ter continuado a trabalhar
“Depois de ter tomado essa decisão [de deixar a Red Bull], o que devia fazer a seguir era uma questão de saber o que fazer”, explica Newey, que sublinha que “financeiramente” não teria necessidade de ir para outra equipa de Fórmula 1.
“Por isso, podia ter-me reformado e sentado na praia, ou podia ter feito algo completamente diferente, a America’s Cup, ou talvez trabalhar em carros de estrada para um dos fabricantes”, disse Newey.
No entanto, havia sempre a opção de continuar nas corridas. “E se eu quisesse continuar nas corridas, podia muito bem ficar na Fórmula 1, desde que me quisessem”, explica Newey, que não tinha falta de interessados.
No final, decidiu não se reformar ainda, porque de outra forma teria provavelmente ficado “aborrecido”. “Por isso, se queria continuar a trabalhar, porque não fazer o que sempre quis e o que sempre gostei de fazer”, diz Newey.
Mas ele já não queria fazer isso na Red Bull.