O que Pat Fry terá de fazer nas suas primeiras semanas como novo chefe de engenharia da Williams e qual será a sua influência no projeto do carro de Fórmula 1 de 2024
“Mal podemos esperar que Pat Fry se junte a nós dentro de algumas semanas”, diz o chefe de equipa da Williams, James Vowles. E esta declaração não surpreende: afinal, a Williams demorou muito tempo a encontrar um sucessor adequado para Francois-Xavier Demaison, que deixou a equipa de corridas em dezembro de 2022. Agora chegou a hora: com Fry, a Williams voltará a ter um diretor técnico a partir de 1 de novembro de 2023.
“Então, a primeira coisa é receber Pat na nossa equipa de braços abertos”, diz Vowles. Nos seus primeiros dias em Grove, o recém-chegado à Williams terá de lidar com muitas impressões e caras novas: “Temos de lhe demonstrar o que é a nossa equipa, o que defendemos. E vamos mostrar-lhe toda a equipa, que trabalha arduamente no dia a dia”.
E o tempo urge para a integração de Fry: “Não há muito tempo entre novembro e fevereiro, e depois já estamos a apresentar o novo carro”, diz o chefe de equipa Vowles. Por isso, Fry provavelmente “não pode contribuir muito” para a preparação do carro do próximo ano, porque o Williams de 2024 já foi, em grande parte, concebido e o seu desenvolvimento planeado.
O que Pat Fry ainda pode fazer em 2023
Mas isso não significa que a Williams do próximo ano não terá a assinatura de Fry, continua Vowles. “É óbvio que o Pat pode contribuir com os seus conhecimentos e indicar-nos pormenores que se revelem diferentes do que ele esperava.”
Além disso, como novo diretor técnico, espera-se que Fry participe em pelo menos um Grande Prémio na época de 2023, “para que se possa integrar na equipa e ver o desempenho do carro [atual], onde estão os pontos fortes e os pontos fracos”, diz Vowles.
E acrescenta: “Tudo isto acontece num par de semanas. A Fórmula 1 é um negócio tão rápido que, em seis semanas, esperamos transformar a experiência que trazemos em progresso real. E precisamos de o fazer com o Pat para que possamos ganhar alguma tração antes da época de 2024.”
Pat Fry: Mais de três décadas de experiência na Fórmula 1
Fry é considerado um veterano da Fórmula 1: participou pela primeira vez nos Grandes Prémios em 1987 e, desde então, ocupou vários cargos de chefia em equipas de topo como a Ferrari, a McLaren e a Renault/Alpine. Fry passou 17 anos apenas na McLaren, durante os quais contribuiu para três títulos de campeão do mundo de pilotos com Mika Häkkinen e Lewis Hamilton, para além de ter ganho o campeonato de construtores em 1998.
Fry trabalhou pela última vez para a Alpine na época de 2023 da Fórmula 1. Deixou a equipa a meio do ano, no âmbito de uma reestruturação interna, e optou por continuar a sua carreira no desporto automóvel com a Williams.