Sergio Perez não esconde o facto de achar que a temporada de 2024 da Fórmula 1 é demasiado longa – para ele, a categoria rainha tem tudo a ver com limites mentais
“Sim, são demasiadas”, é a resposta inequívoca do piloto da Red Bull, Sergio Perez, à questão de saber se a Fórmula 1 está a realizar demasiadas corridas este ano. No total, estão planeados 24 fins-de-semana de corridas para a época de 2024 – mais do que nunca.
Perez esclarece: “Sabemos que há demasiadas corridas. Vai ser um calendário brutal para todos os envolvidos no desporto. É por isso que é importante que consigamos controlar os nossos níveis de energia tanto quanto possível”.
“Eu acho que 20 corridas seriam ótimas”, disse o mexicano, que explicou que a Fórmula 1 deveria priorizar a qualidade sobre a quantidade quando se trata do calendário. “Mas não sou eu que decido isso”, diz Pérez, que vai disputar a sua 14ª época na categoria rainha em 2024.
De facto, quando o piloto de 34 anos se estreou na Fórmula 1, em 2011, havia apenas 19 corridas na temporada. Com 24 corridas, a temporada de Fórmula 1 deste ano é mais de 25 por cento mais longa do que nessa altura. Além disso, há as corridas de sprint, que também não existiam na altura
Perez suspeita: Não vai conduzir tanto tempo como Alonso
Perez provavelmente também acredita que não estará a pilotar na Fórmula 1 até aos 50 anos devido a esta carga de trabalho crescente. Fernando Alonso disse recentemente que ainda pode ser capaz de competir na categoria rainha nesta idade avançada.
Pérez acredita que Alonso, que fará 43 anos este ano, é capaz de o fazer e explica: “Fernando é um ótimo modelo para a nossa geração em termos de motivação. A Fórmula 1 é diferente dos outros desportos. É um desporto motivador”.
É preciso ter vontade de dar a volta ao mundo durante todo o ano, e é por isso que os limites a este respeito são mais mentais do que físicos, desde que se cuide do corpo. No entanto, Perez não se vê na Fórmula 1 por muito mais tempo
O companheiro de equipa da Red Bull, Max Verstappen, não tem um problema tão grande com o crescente calendário da Fórmula 1. Embora estejam previstas mais duas corridas em 2024 do que em 2023, o campeão do mundo sublinha que não está a encarar a nova época de forma diferente.
“Claro que [a época] é um pouco mais longa. Mas, para ser sincero, quando se está a meio da época, já se está no modo Fórmula 1, por isso nunca se pode desligar completamente. Por isso, é preciso continuar”, diz Verstappen.
Ou, dito de outra forma: mais duas corridas não farão qualquer diferença para ele no que já é uma longa temporada.