Joel Embiid está atualmente a preparar-se para os Jogos Olímpicos com a Equipa dos EUA. Ele quer ganhar o ouro em Paris, mas não se sente como um americano – mas acredita que poderia ter-se tornado o G.O.A.T.
Joel Embiid tem agora 30 anos e ainda está à espera do seu primeiro título de campeão da NBA. Mas agora quer concretizá-lo nos Jogos Olímpicos de Paris. E não parece nada mau se olharmos para a equipa americana, que está a enviar o seu “Quem é Quem” para a cidade do amor.
O próprio Embiid também vai participar, mas não se sente um americano, revelou numa entrevista ao New York Times. “Não posso dizer que me sinto um americano. Nasci nos Camarões e é assim que me sinto – será sempre assim. Foi lá que nasci, foi lá que cresci e foi lá que vi a luta pela sobrevivência. Essa é uma das razões do meu sucesso. Comecei a jogar basquetebol aos 16 anos. Hoje em dia não é fácil começar tão tarde. Foi muito difícil, mas consegui”.
No entanto, ele também enfatizou que é muito importante para ele poder jogar pelos EUA agora. “Passei metade da minha vida aqui. Tenho uma família, uma óptima mulher, um filho, tudo faz sentido. Tive a oportunidade e aproveitei-a.”
Com os EUA, tem agora uma excelente hipótese de ganhar o ouro olímpico, mas Embiid também salienta que muitos jogadores já não têm a classe de outrora. “Definitivamente, temos um talento incrível, mas também há talento noutras equipas. Também temos de compreender que muitos dos nossos jogadores envelheceram. O LeBron já não é o mesmo de há uns anos atrás – há uma grande diferença. Vê-se que ele já não é tão atlético e dominante como era.”
Ao se referir a LeBron James e aos outros veteranos Steph Curry (36), Kevin Durant (35) e Jrue Holiday (34), Embiid disse: “São caras que conquistaram muito em suas carreiras, mas hoje estão velhos e não são mais o que eram.” Para além do quarteto, os EUA também têm muitos jogadores que estão no seu auge ou, como no caso de Anthony Edwards, de 22 anos, ainda estão a caminho disso.
Embiid vê o seu talento ao nível do G.O.A.T.
Embiid tem razão numa coisa. Os “veteranos” jogadores norte-americanos já alcançaram muito nas suas carreiras, sobretudo LeBron James, que evitou um embaraço no teste contra o Sudão do Sul com um golo que fez 101-100 e que, juntamente com Michael Jordan, é repetidamente incluído no debate sobre o melhor jogador de basquetebol da história, o G.O.A.T (Greatest of All Time). Embiid, aliás, acha que também poderia ter feito parte desse debate.
“Sim, acho que teria sido o candidato se todos aqueles anos de lesões não me tivessem feito recuar. Tive muitas vezes lesões na altura errada. Se me tivesse mantido saudável ao longo da minha carreira, a história seria diferente. Penso que tinha o talento para estar no debate. Claro que para isso são precisos campeonatos, mas para isso é preciso ter bons colegas de equipa. É preciso ajuda”.
Bem, em Paris ele deverá ter a ajuda que deseja, apesar da presença de alguns veteranos.