A última hipótese de o FC Barcelona conquistar o título está encerrada desde domingo à noite. Após a derrota por 3-2 no Clássico com o arquirrival Real Madrid, o presidente Joan Laporta ficou particularmente irritado com uma cena no 1-1
O guarda-redes Marc-André ter Stegen e o treinador Xavi já tinham deixado bem clara a sua posição. Talvez também pelo facto de o presidente da La Liga, Javier Tebas, ter contrariado estas declarações, o presidente do Barcelona, Joan Laporta, pronunciou-se na tarde de segunda-feira.
“Como presidente do FC Barcelona, gostaria de expressar a minha insatisfação pelo facto de, um dia depois de um dos jogos mais importantes do mundo, o abuso de um instrumento como o VAR estar na nossa agenda”, começou por dizer Laporta, de 61 anos, numa longa declaração.
Não é segredo que “nunca foi um grande apoiante do VAR”, porque retira a “espontaneidade” do futebol. “Mas sou a favor de que seja sempre utilizado, enquanto o tivermos, para evitar erros que possam levar a decisões injustas. “
Em vez disso, o VAR na La Liga “continua a causar confusão” e representa “critérios contraditórios – dependendo do jogo e da equipa”. As críticas foram desencadeadas ao minuto 28, em que Lamine Yamal pode ter visto o seu primeiro golo no Clássico ser-lhe negado injustamente. Como não existe tecnologia de linha de golo na La Liga, apenas foi realizada uma revisão VAR – com o resultado de que não foi possível determinar com certeza se a bola tinha ultrapassado completamente a linha.
“Compreendemos a dificuldade dos árbitros, mas é exatamente por isso que existem ferramentas como o VAR, para ajudar a tornar a competição mais justa e não o contrário”, explicou Laporta, que acrescentou: “Ontem houve várias cenas questionáveis, mas entre elas há uma que se destaca e pode mudar o resultado final do jogo. Estou a falar do chamado golo fantasma de Lamine.”
Todos os registos de imagem e som já solicitados
O Barcelona quer “ter a certeza do que aconteceu”. Por isso, os catalães já pediram à Comissão Técnica de Arbitragem e à Federação Espanhola de Futebol que “nos forneçam todas as imagens e registos sonoros que foram feitos durante o jogo”.
Caso o segundo classificado espanhol chegue à conclusão, com base na sua própria análise, “de que houve um erro na avaliação do jogo, tomaremos todas as medidas necessárias – legais, se necessário – para retificar a situação. Se se confirmar que foi um golo legal, iremos mais longe e não excluímos a possibilidade de pedir uma repetição do jogo, como já aconteceu num jogo europeu devido a um erro do VAR”.
Na Bélgica, o jogo entre o Genk e o Anderlecht foi repetido devido a um erro do VAR. Em outubro de 2023, Jürgen Klopp também exigiu uma repetição para o Liverpool FC porque um golo foi indevidamente anulado.
Laporta sublinhou, no entanto, que embora o “golo fantasma” estivesse no centro da análise, o resto da atuação do árbitro César Soto Grado também estava sob escrutínio. Os blaugrana estiveram numa “situação de indefensabilidade”. Em suma, “numerosas” situações ao longo da época “que nos prejudicaram e outras que beneficiaram os nossos rivais” conduziram à diferença de onze pontos na tabela